Iluminamos: A Fúria dos Reis – Valar Morghulis

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Antes de qualquer coisa aviso que esse texto contém SPOILERS(!!!), principalmente para quem não leu o primeiro livro e nem viu a primeira temporada da série, portanto, leia por sua conta e risco.

Você pode ler a resenha de A Guerra dos Tronos aqui.

A Fúria dos Reis - Ed. Leya
A Fúria dos Reis – Ed. Leya

Se você está ansioso esperando que o segundo livro seja igual ao primeiro, pode se acalmar porque o ritmo de A Fúria dos Reis é mais tranquilo que o de A Guerra dos Tronos. Os cliffhangers não são tão grandiosos. Eles parecem mais ter a função de preparar o terreno para o que está por vir nos próximos livros. Isso não impede cabeças de rolarem, contudo as reviravoltas não chocam tanto quanto às do primeiro livro, talvez porque aprendemos a esperar qualquer coisa enquanto continuamos xingando o Sr. Martin pela morte do Ned Boromir.

A guerra é quem mais governa em Westeros, que agora conta com cinco reis em disputa: o imaturo Joffrey Baratheon, com sua mãe, a Rainha Regente Cersei, do lado dos Lannisters; os irmãos Renly e Stannis Baratheon do lado do reino, porém um contra o outro (Stannis é o mais velho depois do Rei morto por um porco Robert, mas Renly, mesmo sendo mais novo, acredita ter direito por ser mais carismático do que o irmão); Robb Stark, do lado dos Starks, como Rei do Norte, querendo vingança pela morte do pai; e Balon Greyjoy, do lado dos Greyjoys e do povo das Ilhas de Ferro, introduzindo novos e odiados personagens e POVs.

É uma massaroca de reis e motivações, tanto que Martin brinca com os próprios personagens fazendo piada sobre a quantidade de autoproclamados reis. A história começa de novo, com um prólogo muito bem escrito, e um cometa, que é o principal assunto em boa parte do livro. Muitos o identificam como um sinal favorecendo algum rei ou alguma batalha, mas outros sabem que ele também pode significar a volta dos dragões.

A história na parte não congelada de Westeros

Em Porto Real (King’s Landing), observamos os acontecimentos pelos olhos de Sansa e Tyrion. A garota Stark vive como refém e prometida ao cruel Rei Joffrey, que não poupa esforços para maltratá-la e humilhá-la. Admito que comecei a sentir um pouco de dó dela, mas passou. Enquanto isso, Tyrion tenta colocar juízo na cabeça do sobrinho e ordem no reino, mas para isso ele precisa descobrir quem trabalha ara quem naquele ninho de cobras e em quem pode confiar para fazer as coisas certas e não acabar perdendo a cabeça, literalmente.

Em Ponta Tempestade (Storm’s End) é a vez de Renly Baratheon, ele tecnicamente não tem direito a nada mas acredita que sim por ser mais popular. Com o apoio dos Tyrell, uma das famílias mais ricas e influentes de Westeros, ele se prepara para lutar contra o irmão Stannis. Ali vemos parte da história pelos olhos de Catelyn, que vai em busca de uma aliança para o filho Robb, e com ela conhecemos Brienne, uma mulher apaixonada por Renly e disposta a servi-lo como uma guerreira. Cat imediatamente lembra de Arya, e teme pela vida das filhas.

Em Pedra do Dragão (Dragonstone) conhecemos Stannis pelos olhos de um novo personagem, Davos, o cavaleiro das cebolas. Os dois personagens aparecem pela primeira vez no prólogo, enquanto conhecemos um dos maiores mistérios desse livro, Melisandre, a sacerdotisa vermelha que o Stannis pega e que muitos também gostariam de pegar. A reivindicação de Stannis ao Trono de Ferro começa assim que ele recebe a carta do falecido Ned contando que os filhos da Rainha Cersei não são do Rei Robert, mas sim resultado da relação incestuosa dela com o irmão Jaime. Ao contrário de Ned, Stannis foi esperto e espalhou a história, provocando mais revolta tanto para quem odeia Joffrey e os Lannisters quanto para eles próprios, que tentam abafar o caso.

Nas Terras Fluviais (Riverlands) trombamos de novo com Catelyn, apoiando o filho na guerra contra os Lannisters, com Brienne já a seu serviço. No entanto, a situação muda um pouco quando ela recebe uma notícia de Winterfell, e decide fazer algo que pode mudar muita coisa no jogo dos tronos.

Ali perto encontramos Arya, primeiro como o órfão Arry e depois como Nan. Ela cria uma lista, com o nome de todos que quer matar e repete esses nomes todas as noites, como uma oração, e não demora muito até que tenha uns nomes a menos da lista, com a ajuda de um estranho chamado Jaqen H’ghar.

No Norte temos a não tão ilustre presença de Theon, agora também com capítulos próprios. Com ele conhecemos as Ilhas de Ferro, seus habitantes, sua irmã e seu pai, que agora se denomina Rei Balon Greyjoy, e quer reivindicar o norte, pagando o preço de ferro. Theon, numa tentativa desesperada e burra de provar para o pai que é um homem de ferro, ‘toma’ Winterfell, faz caquinha e se f***.

Para lá da Muralha

Para os fãs de Jon, ele está de volta e não é um rei (Ufa!), mas foi um dos vários patrulheiros escalados para a expedição ao norte da Muralha, ao lado do próprio Lord Comandante Mormont, afim de investigar o desaparecimento de outros patrulheiros, entre eles, Benjen Stark. Quando acampam no Punho dos Primeiros Homens, Jon encontra algumas armas feitas de vidro de dragão e depois segue com o patrulheiro Qhorin Meia-Mão para descobrir o que o Rei-Para-Lá-da-Muralha, Mance Rayder, anda fazendo. Nisso ele conhece uma selvagem e apronta várias confusões com uma turminha do barulho.

E os dragões?

Depois de ter sido considerada louca por ter entrado na pira funerária de Khal Drogo, Daenerys Targaryen fez cair o queixo daqueles que ainda a seguiam, primeiro por sair viva e segundo por sair amamentando três dragões. Ela e seu novo khalasar, sua entourage, são obrigados a seguir viagem, afinal ficarem parados ali seria o mesmo que querer morrer.

Eles caminham pelo deserto até encontrarem uma cidade abandonada, que chamam de Vaes Tolorro (a Cidade dos Ossos), e ali decidem viver até restabelecerem suas forças. Enquanto isso, Daenerys manda alguns de seus companheiros em todas as direções, para saber o que podiam esperar vivendo ali. Assim ela acaba conhecendo Xaro Xhoan Daxos, Pyat Pree e Quaithe, que vem de Qarth com um de seus enviados.

Em Qarth, Dany conhece a Casa dos Imortais, onde tem revelações e ouve profecias, sobrevive a novos atentados, cria novos inimigos e encontra um novo amigo vindo de Westeros, depois de mandar um rei se f***.

Resumindo…

A Fúria dos Reis é um bom livro, mas também é um dos que requer mais paciência para ser lido e apreciado. No entanto, todo o ‘esforço’ é recompensado nos próximos livros, quando podemos ver até algumas das profecias da Casa dos Imortais virando realidade.

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 7 comentários

  1. Renver

    Sinceramente optei preguiçosamente por acompanhar a série…

      1. Renver

        Tenho medo de começar a ler e o autor morrer… dai prefiro “acompanhar” a série.

        Aspas porque ainda não vi a segunda temporada…sempre que eu vou ver HBO tem alguém na sala… sim sim posso baixar, mas achei a segunda temporada tão menos impactante que a primeira que desanimei de baixar.

  2. Anonimo_Baiano

    A pesar de gostar muito dos personagens e da historia acho que a serie em si é superfaturada para caralho. Não sou muito de comentar mais acompanho o trabalho de vocês desde o inicio, ótima resenha Barbarella.

    1. Obrigada, Thravous! E tem algumas coisas na série que não gosto, mas entendo parte das mudanças, enquanto outras, difícil de levar em conta. Acompanho a série, mas como sempre os livros são bem melhores.

      1. Anonimo_Baiano

        Ah, quando eu falo serie eu quero dizer a serie de livros mesmo, o seriado de TV eu ignoro. XD

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