Iluminamos: A Tormenta de Espadas – You know nothing, dear reader!*

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*Você não sabe de nada, caro leitor!

Assim como na resenha de a Fúria dos Reis, nesse texto também há spoilers do livro anterior e talvez deste também, afinal de agora em diante se torna quase impossível comentar sobre os livros das Crônicas de Gelo e Fogo, sem falar sobre seus principais acontecimentos, mas prometo que vou tentar não entregar tudo o que acontece, pelo menos não com todas as letras.

A Tormenta de Espadas - Ed. Leya
A Tormenta de Espadas – Ed. Leya

Porra, Martin!

Peço desculpas aos puritanistas, mas não dá para não xingar. O cara é um gênio! Sério, quero ser igual a ele quando crescer, exceto pela barba branca e o jeito de papai noel!

Se nós, meros leitores, achávamos que já tínhamos nos acostumado com a falta de “apegação” aos personagens, descobrimos que não sabíamos nada. Na Tormenta de Espadas chegamos a um nível de quebra de expectativa tão grande, que as vezes é difícil acreditar no que o Martin escreveu.

Muita gente desiste dos livros na Fúria dos Reis, ou simplesmente trava empaca e tem dificuldade para continuar. Gostei do livro anterior, como já disse, mas enquanto ali você precisa se concentrar e criar paciência para sair de alguns trechos que parecem estar travados, na Tormenta a coisa muda totalmente de figura. É como ver um jogo de xadrez. Num momento as peças andam pelo tabuleiro, se posicionando, e quando você percebe várias estão prestes a ir pro cemitério e não há salvação.

O prólogo

O prólogo desse livro é a primeira coisa a surpreender, e nisso admito que não gostei de como ele foi para a TV na segunda temporada de Game of Thrones, mas… Vamos ver como vão continuar a cena.

No começo é óbvia a sensação de “vai dar merda”, e isso realmente acontece, mas não do modo esperado de um assassinando o outro que está dormindo e conspirações na calada da noite. Quem leu até aqui sabe o que significa três assopros de corneta na Patrulha da Noite. E você consegue perceber o quão f*** isso é a partir do momento que um assassino se mija de medo.

Vilões não tão vilões

Uma das maiores surpresas desse livro é o personagem Jaime Lannister. Aqui ele começa a ter ‘voz’, e não dá para esperar grande boa coisa de um cara que empurrou uma criança para a morte. Mas…

O cara é legal! As motivações dele fazem sentido, e você começa a perceber que as ‘maldades’ que ele fez são por causa do amor doentio? que sente pela Cersei. E conforme os capítulos dele vão passando, dá para entender o que o fez matar o Rei Louco, afinal o que era mais certo para um cavaleiro, proteger o reino de um rei que seria capaz de matar a todos, ou matar um rei para salvar o reino?

E também é quase impossível deixar de lado a metáfora de que às vezes um homem precisa perder algo importante para valorizar outras coisas (entendam como quiser). Sem falar na brecha para novas fanfics de Jaime e Brienne, mas… Bom… Deixa pra lá.

Os Reis e as alianças

A guerra continua. Com Renly Baratheon morto, agora restam Joffrey, Stannis, Robb e Balon Greyjoy. E assim voltamos a discussão de quando uma atitude considerada errada pode ser boa, ou o contrário.

Vemos Melisandre e suas mandingas em ação de novo, dessa vez com Stannis ao seu lado, mesmo não sabendo se acredita em tudo aquilo ou não. Ele dá seu sangue e faz o sacrifício, nomeando seus principais adversários: Balon, Joffrey e Robb.

Em Porto Real, Tyrion caiu do pedestal. Sem o nariz, depois da tentativa de assassinato, e sem as glórias por ter vencido a batalha da Água Negra, que ficam com os Tyrell e seu pai, Tywin, o anão fica desolado, e só se sente pior quando é forçado a uma aliança incomum. Enquanto isso, Joffrey e Margaery Tyrell noivam, unindo Lannisters e Tyrells. E a Sansa? Bom… Preciso dizer mais? Sobre a Sansa, é difícil falar sem entregar 50% da surpresa do livro… E não, isso não se refere a só um fato!

E nas Terras Fluviais, Robb tem que lidar com a consequência de seus atos e com a ira de Catelyn. Um briga com o outro, mas ela tomou uma decisão por medo de perder seus únicos filhos vivos, afinal ela acredita que Bran e Rickon estão mortos, e Robb… Agiu pensando com outra cabeça.

O inverno está chegando

A Patrulha da Noite sofreu grandes baixas depois dos três sopros de corneta. Agora temos o ponto de vista de Sam, que se torna Sam, o matador, e ele tem a chance de rever Goiva e salvá-la, se f****** mais ainda.

Enquanto isso, Jon caminha com os selvagens em direção a Muralha, e num golpe de sorte consegue fugir deles e corre para avisar seus irmãos que logo terão um exército para enfrentar, com direito a mamutes e gigantes. E graças a um cavaleiro aprendendo a ler, eles podem acabar vivendo para contar a história.

Mhysa

Do outro lado do mar, Daenerys também luta, mas sua guerra é contra os escravagistas da Baía dos Escravos, para onde seguiu depois de encontrar Arstan e Belwas, o forte, enviados por Illyrio para levá-la de volta à Pentos.

Seus dragões crescem e chamam atenção, e Dany quer um exército para ajudá-la a conquistar Westeros. Como nada é tão simples, ela se vê em algumas armações mas sai de todas muito bem, até descobrir que foi traída por uma das pessoas que mais confia. Com as cidades de Astapor e Yunkai derrotadas, ela conquista Meereen e decide aprender como é governar antes de partir.

Casamentos

No fim, não dá para não falar sobre os casamentos. Quatro casamentos importantes acontecem nesse livro. Dois em Porto Real, um nas Terras Fluviais, e um no Ninho da Águia, e um deles é bem conhecido e chamado de Casamento Vermelho.

Com o Casamento Vermelho é impossível não ficar p*** e chocado! Martin joga na cara do leitor que realmente ninguém está a salvo, nem com a proteção das leis da hospitalidade.

E graças a outro casamento, um personagem forte é acusado de assassinato, consegue fugir, descobre que foi traído, e mata quem o traiu e a pessoa que considera a culpada de toda a sua desgraça. Terminando com uma das grandes perguntas da série: “Para onde as putas vão?”.

E o último casamento também revela um grande jogador, até então visto como um peão. Mas afinal, será que é um jogador mesmo, ou realmente só mais uma peça a ser movimentada?

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 4 comentários

  1. JJota

    Ia comprar a coleção completa em promoção na Saraiva.

    Mas aí vi o encadernado de Universo X e não resisti…

  2. sidnei luis fermino

    Oi adorei
    sua resenha…mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei… se
    trata de um livro arrebatador…ele coloca em cheque os maiores dogmas
    religiosos de todos os tempos…..e ainda inverte de forma brutal as teorias
    cientificas usando dilemas fantásticos..acesse o
    link..www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem..

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