Iluminamos: A pele que habito

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peleqhabito_posterOlá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Mais uma vez recorri ao catálogo do Netflix para assistir algum filme e o escolhido foi A pele que habito, do Almodóvar. Após assistir esse filme uma coisa me veio à cabeça: O Mito de Galateia.

Antes de mais nada, vamos à sinopse do filme: Richard Ledgard (Antonio Bandeiras) é um cirurgião plástico que, após a morte da sua mulher num acidente de carro, se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.

A sinopse já diz tudo e, por mais que eu queira escrever, acabarei contando spoiler. Tentarei, então, ser o mais simples e coerente possível, sem estragar os acontecimentos para os que não viram.

Diferente da Sra. Delarue que conhece os filmes do Almodóvar, eu fui apenas para me divertir. Gostei do filme, confesso e digo que ele pode ser dividido em três atos: tempo atual; 6 anos antes, mas com a versão de Richard e; 6 anos antes, com a versão de Vera. Richard é um cara sádico, tem um “quê” de Victor Frankenstein, pois Vera não deixa de ser a sua criação e, no decorrer do filme, minha cabeça rimbombava: “Mito de Galateia”.

O filme tem seus momentos de tensão e alívio cômico. Com relação aos momentos de tensão, voltamos aos clássicos filmes de terror, que usavam o terror psicológico, ou seja, deixa o espectador preso na cadeira, pois você não sabe exatamente o que ele fará. O momento “barbeiro”, para mim, foi o mais tenso. O alívio cômico fica por conta da filha do Richard, Norma, em um casamento, e a empregada, Marilia, e seu filho.

Podemos também fazer uma relação de Síndrome de Estocolmo com o filme, mas creio que ele se encaixa melhor no mito de Galateia. Agora, “que raio de mito é esse?”, você pergunta, e eu respondo: resumidamente, o mito se refere a Pigmalião, um exímio escultor, que, horrorizado pelo comportamento indecente das mulheres, optou por viver isolado e imerso em seu trabalho. Como não era insensível à beleza feminina, esculpiu uma imagem de mulher, em marfim, para fazer-lhe companhia. A figura esculpida era de uma beleza tão grande, trabalhada com tanta arte e parecia tão viva, que o escultor apaixonou-se por sua obra e a chamou de Galateia.

Depois de algum tempo, implorou a Afrodite (a deusa do amor) que lhe permitisse encontrar uma mulher igual à estátua de marfim. A deusa ouviu a súplica e, benévola, atendeu em parte o pedido. Quando Pigmalião regressou a sua casa, a estátua de marfim ganhou vida e se tornou sua esposa.

Esta relação de Frankenstein (que todo mundo conhece) e Galateia se dá em comparação da criação da “criatura” e o amor que o criador desenvolve por ela.

Eu terminaria o post dizendo, que recomendo o filme, mas não farei isso porque ficarei ouvindo a semana inteira a Sra. Delarue dizendo: “(…) está vendo? Eu sempre levo você para ver filmes interessantes blá blá blá, não são como esses seus filmes acéfalos que você vê e mais blá blá blá (…)”.

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 6 comentários

        1. Messias

          Mas você deu seu dados pra ele?
          Qualquer coisa manda um email para contato@iluminerds.com.br. Porque tava escrito na promo que era só mandar uma mensagem ou email com nome e endereço que a gente enviava as revistas.

          1. toddy

            Esse Vittor é um viadu mesmo, terei que ir no procon! hauhauahuahuah

          2. Don Vittor

            Porra Messias, esse viado não desiste! Cancele a venda e dê o prêmio dele AUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHAUA

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