Iluminamos: O Artista

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artista_postOlá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Aproveitando a onda de filmes ganhadores do Oscar em 2012 desta vez fui assistir, no Netflix, ao filme O Artista.

O Artista é uma produção em preto e branco que se passa na “ Hollywood de 1927 em que um astro do cinema mudo, George Valentin, começa a perder terreno com a introdução do som nas películas. Enquanto isso, a bela Peppy Miller, jovem dançarina por quem ele se sente atraído, recebe uma oportunidade e tanto para trabalhar no segmento.

Após assistir ao longa, tirei duas impressões dele: 1)A homenagem ao cinema mudo e 2) A evolução que o cinema passou ao sair do mudo para o sonoro.

Prefiro ficar com a segunda hipótese, ou seja, o filme aborda o sucesso, a queda e o ressurgimento de George Valentin. O sucesso se resume ao tempo do filme – o cinema mudo está no início do seu fim e Valentin é o grande astro. Para mim, definitivamente, quem rouba todas as cenas é o cachorro. A decadência está associada à Grande Depressão (vai estudar, seu energúmeno) e, consequentemente, ao orgulho de Valentin em desprezar o cinema falado.

Durante esses dois atos, Valentin conhece Peppy Miller, cuja carreira é o oposto da sua, ou seja, enquanto ele cai no esquecimento, ela se torna a queridinha do cinema. Como toda produção precisa ter romance, Peppy tenta ajudar de várias maneiras seu amado. Nesse ponto é que me pergunto se existem mesmo filmes com cérebro, pois os que gosto possuem, basicamente, a mesma dinâmica – um casal que movimenta a trama, um casal em que, ao menos um, está apaixonado. Assim, o ressurgimento de Valentin está relacionado ao fato de Peppy tê-lo convencido a trabalhar numa nova produção com ela, um filme de sapateado.

Deste modo, devo dizer que achei o filme ousado, mas sem muito sentido para o público atual (afinal de contas, trata-se de um comércio) a não ser que fique classificado como “homenagem” (palavra citada várias vezes nesta postagem). Isso porque o público de hoje não teria saco para assistir a um filme muito “parado”. A Sra. Delarue também achou o filme ousado, mas, por outro lado, ela prefere seguir a linha, “telespectador padrão não está acostumado a ver bons filmes”, e toda aquela baboseira chata para caralho de cinéfilo que escuto há sete anos.

OBS: Segundo a Sra. Delarue, o nome Valentin é uma homenagem ao maior astro do cinema mudo. Rudolph Valentino.

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

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