Alguém poderia dizer que estes são os títulos mais desnecessários de um projeto que já nasceu desnecessário…

No seu penúltimo volume da publicação do projeto Before Watchmen, a Panini optou por condensar em um único volume as duas menores séries do projeto.

Em Moloch, J. Michael Straczynski retorna para, ao lado do desenhista Eduardo Risso (100 Balas, Batman – Cidade Castigada), continuar mostrando que havia, sim, um motivo pra se fazer estes títulos. Ele parece ser o único realmente interessado em fazer conexões válidas entre os títulos que escreveu e a história original, sem deturpar nada ou forçar a mão. Mesmo quando a história termina sendo chata, como na edição do Coruja, não podemos deixar de observar que ele utiliza de forma competente os elementos da trama mater.

Aqui, ainda que não estejamos diante de uma história como a que ele contou do Dr. Manhattan, ainda assim, o autor mantém a pegada. Moloch é aquilo que mais de perto poderia ser associado ao termo super-vilão no mundo de Watchmen, tendo sido inimigo de vários dos vigilantes mascarados – inclusive do Comediante e do Rorschach. Sua origem é contada rapidamente e logo se passa à explicação de como ele foi envolvido na trama de Adrian Veidt. Termina sendo interessante, embora, repito, desnecessário.

Já Dollar Bill será algo que passarei anos me questionando (mentira, claro: já estou deletando a história da minha mente!) sobre o motivo de ter sido publicada. Len Wein (autor da mini com Ozymandias) conta, de forma psicográfica, a história de Dollar Bill, uma espécie de herói de aluguel, que era garoto-propaganda de um banco. É um personagem tão desimportante na série original (ele só serviu pra que Moore fizesse uma crítica às capas dos uniformes de super-herói) que fica difícil estabelecer qualquer ligação decente com ela. Não chega a ser mal contada (tem, inclusive, momentos engraçados), mas o conjunto se perde no final piegas e idiota… Termina ficando no mesmo nível da edição da Espectral.

Ambas as obras podem ser adquiridas pela arte (e o baixo preço). Eduardo Risso dispensa comentários e Steve Rude faz um trabalho competente com a historinha que lhe caiu nas mãos.

Enfim, não vale muito o trabalho. Mas, se comprar, lembre-se: