Iluminamos: Inverno Russo

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“Um misterioso conjunto de joias de âmbar é a chave para um segredo de meio século. Alternado-se entre a Boston dos dias de hoje e a Moscou da Guerra Fria, Inverno Russo narra a jornada de Nina Revskaya, bailarina do Bolshoi que se tornou parte da elite cultural stalinista antes de fugir para o Ocidente. Nina acredita ter abandonado seu passado, mas, décadas depois, quando decide leiloar sua coleção de joias, Grigori Solodin, um professor de russo da Universidade de Boston, cruza seu caminho, e esse encontro vai obrigá-la a confrontar seus fantasmas.

Ganhei este livro em um Amigo Secreto Literário do qual participei. O título já havia chamado minha atenção, mas a capa…é maravilhosa (julgando o livro pela capa desde o começo). Quando li a sinopse descobri que precisava ler esse livro. Bem, minhas impressões estavam completamente corretas. Que livro bom!

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O livro se passa na Boston atual e numa Moscou stalinista, local em que se dão as melhores partes do livro. Lembro que lia a parte de Boston correndo, apenas para chegar nas partes de Moscou (as localidades se intercalam a cada capítulo). Ele nos trás noções históricas fiéis a realidade e precisas: como o regime poderia enlouquecer alguém; o modo diferenciado como pessoas do Partido eram tratadas; a maneira como Stalin era reverenciado; modo de pensar alienado da maior parte da população. Outro ponto forte da obra seria sua grande bagagem cultural. São narrados detalhes de balés, música e poesia.

Filha de um húngaro como uma canadense, esta é Daphne Kalotay, autora do livro.
Filha de um húngaro como uma canadense, esta é Daphne Kalotay, autora do livro.

A interessante relação entre Nina Revskaya e Viktor Elsin é complicada, assim como seria qualquer relação nesses tempos adversos. Nunca há confiança total no parceiro, afinal qualquer fala mal interpretada poderia ser o estopim para ser taxado de traidor. Apesar do nutrem um pelo outro, a falta de confiança, uma sogra louca e uma amiga de infância misteriosa que reaparece somam motivos suficientes para o desgaste da relação. Uma bailarina e um poeta talentosos, como poderiam ser livres com tantos olhares em cima deles?

Muito tempo depois, Nina está em Boston, disponibilizando suas joias para um leilão. Ela se tornou uma idosa amargurada e cheia de dores que não sai de sua cadeira de rodas. Parece há muitas dúvidas permeando seu pensamento, imagens que se foram e retornam em sua mente com as joias. Inclusive mistérios não solucionados estão por trás de algumas delas.

Enquanto isso, um professor universitário que traduz para o inglês a obra de Viktor, Grigori Solodin, descobre o leilão e fica perturbado. Nina e suas joias o remetem a más lembranças e dúvidas não sanadas. A organizadora do leilão, Drew Brooks, é uma moça curiosa e quando se dá conta já está envolvida em todo o mistério das joias de Nina e do próprio Grigori. Será que Grigori e Drew, juntos, conseguirão solucionar o mistério?

O livro é encantador. Sério, não conseguia parar de lê-lo. Não tenho críticas negativas sérias a fazer sobre ele; talvez o início que não é muito cativante quanto o seu desenvolvimento e final. Assim que acabei, o emprestei para minha avó, que leu em uma noite…Percebe-se que é um romance que agrada todas as idades. Quem gosta de História (principalmente da Rússia em meio ao ápice socialista), de balé (afinal, são mostrados os bastidores do Balé Bolshoi, o mais consagrado do mundo até os dias atuais) e de mistério, se apaixonará pelo livro. Escrito por Daphne Kalotay e publicado no Brasil pela editora Record, esse livro foi para a lista dos meus preferidos com muita facilidade.

 Texto enviado pela colaboradora,  Ana Gabriela Mauch

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem um comentário

  1. toddy

    Rapaz, acho que gastei um dos poucos neurônios que tinha, e olha que só li a metade do post! hehehe

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