Iluminamos: Superman Returns

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SR02Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Aproveitando que estamos na Semana Superman aqui no Iluminerds, resolvi reassistir Superman Returns. Sinceramente? Ele não é tão ruim quanto vocês acham.

O grande problema do filme é que todos esperavam cenas de ação excepcionais e nesse quesito, concordo, ele fracassou – ação mesmo tivemos a cena do avião, o assalto ao banco federal e o herói salvando a cidade no final. Entretanto, se deixarmos a ação de lado, podemos chegar à conclusão de que Superman Returns é um bom filme de drama. Uso, basicamente, o mesmo discurso defensor para Hulk, de Ang Lee.

Acredito que o objetivo desse filme foi mostrar o quanto o herói mais poderoso da Terra é, no fundo, solitário. O próprio Bryan Singer declarou que se identificava com o Superman, quando jovem, por ser uma pessoa “diferente” (entenda homossexual) e incompreendida.

Sobre a sinopse do filme: “após cinco anos desaparecido, Superman retorna à Terra, para novamente auxiliar aqueles que necessitam de sua ajuda”. É possível notar que o filme é uma homenagem às produções que marcaram a infância da maioria  dos trintões (Superman e Superman 2), tanto que o ambiente do filme se passa ainda nos anos 1980, embora isso não seja explícito. Querendo ser ousado, diria que Superman Returns, na verdade é Superman III (ignorando as versões de 1983 e 1987).

Quando digo que o filme é um bom de drama me refiro ao fato de a história se focar em temas mais adultos, como a complexo romance entre Superman e Lois. Esse tipo de abordagem faz com que os jovens (que hoje são a maioria dos espectadores) não se interessem, querendo apenas ação desenfreada. Se compararmos a um videogame podemos dizer que o filme não teve “chefe de fase”. Mas é esse drama e a sua beleza que torna Superman – O retorno interessante.

Todavia, sei que muitos não compartilham dessa visão e não enxergam o filme dessa maneira. Conversando com amigos, vejo que muitos associam heróis com ação, como uma simbiose, mas não necessariamente um tem de estar atrelado ao outro.

Embora não goste de “dar notas” para minhas análises, farei uma exceção:

  • Superman Returns (como filme de ação) – 2.0
  • Superman Returns (como um filme de drama) – 8.0

Abraços e para o alto e avante!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=nw9QkTh6HUQ

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 28 comentários

  1. JJota

    Desculpa, Delarue, mas nem como drama essa bosta se sustenta… Filme mimimizento, chato, relacionamento boboca… Até hoje, realmente, não consegui ver nada que salve isto.

    1. O problema do filme é que ele foi feito na época errada. Se ele tivesse saído ainda nos anos 80, não teria tido tantas críticas negativas (acredito eu) 🙂

      1. JJota

        Não creio… Só aquele “filho” já foi uma ideia excessivamente escrota.

        1. Ah, nem tanto. A história do filho já existia com o Alan Moore – se bem que na versão do Moore, o filho serve para a expectativa do legado. O Superman havia sumido há alguns anos.

          No Bryan Singer, o filho serve para… serve para… serve para… Ah, esqueça.

          1. JJota

            Sacou, né?

            E olha que aquilo ali não é a única coisa sem sentido ou utilidade dentro daquele roteiro de merda.

          2. Verssago DeLarge

            Quié issu, ele teve a importante função de empurrar um piano!

  2. Alexandre Soares

    Cara, eu tenho uma teoria sobre esse filme: metaforicamente ele é um daqueles dramas de adultério pra mulheres mal casadas se sentirem confortáveis com suas decisões e arrependimentos, disfarçado de filme de super-herói. Sério. Vamos item a item:

    1) Mãe solteira arranja um marido bonzinho pra ajudar a cuidar do filho que teve em uma aventura no passado (aqui, não oficialmente, mas ele ocupa o papel do marido bonzinho);
    2) Marido bonzinho é chato e ela fica falando que odeia o garotão que foi pai da criança (“o mundo precisa de um super-homem”?)
    3) O garotão volta e com ele, volta a excitação que tinha com ele enquanto o marido bonzinho é… pé no chão demais, sem aventura nenhuma…
    4) Ela vai pra cama com o garotão (no caso isso é nível metafórico – lembre-se das associações de vôo e sexo feitas por Freud; ela voa com ele. O perverso aqui é que todo mundo sabe que Lois voou com o super de novo e se diverte com isso, enrolando o marido bonzinho, que caso saiba, vai ser fatalmente o último a saber. Ou seja, ele é CORNO E TODOS ZOMBAM DISSO).
    5) O Garotão começa a se questionar se a vida de aventuras e sexo é satisfatória ao andar com outras mulheres e percebe que isso só levou a uma vida vazia (a sequência com a “teschemacher cover”)
    6) No final, o marido bonzinho prova seu valor e que vai ser um bom pai e marido, fazendo a esposa adúltera rever sua posição e tomar sua decisão em prol da família.
    7) O Garotão percebe que perdeu sua chance de ser feliz com uma família, está sobrando e vai embora em prol da felicidade de quem a merece. Com isso, o valor da família tradicional foi reforçado.

    Meu deus, eu não compararia Superman Returns ao Hulk do Ang Lee. Este pra mim foi como aquelas graphic novels com autores com pegada mais autoral dando sua interpretação do personagem. Pode ter sido mal mandado aqui ou ali (eu gosto do filme apesar de seus problemas), mas ele nunca deixa de ser um filme de supers em algum grau. No Super-Homem, eu esperava um filme de supers e encontrei um dramalhão dos anos 50 seguindo todas as normas do Código Hays. Tô fora, de longe.

    1. JJota

      Análise perfeita. SR é um novelão chato, retrógrado e com cenas de comédia pastelão desnecessárias.

      Hulk, do Ang Lee, é imensamente melhor. Apesar do cães-hulk.

      1. Na verdade, duas coisas estragam o Hulk do Ang Lee: os cães-hulks (ausência de inimigos realmente relevantes), e o hulk com pele de borracha vulcanizada verde. Tirando isso, é um filme interessante. Mas prefiro o do Norton.

        1. JJota

          Gostei muito mais do Norton, que acertou em cheio ao se inspirar na série de TV, inclusive passando rapidamente pela “origem”. Aguardo ainda uma versão estendida, com uma ´serie de cenas que tornam o filme mais compreensível (um exemplo é o que explica como Norton sabia que se transformaria no Hulk ao pular do avião: no começo do filme havia uma cena em que ele tentava suicídio pulando de uma geleira, mas o Hulk, pressentindo o perigo, “saltava pra fora” – seria, inclusive, nesta cena que o avião com o Capitão América surgiria).

          O filme do Lee também poderia ter sido melhor se ele tivesse limado aquele lance com o pai dele.

          1. Colossus de Cyttorak

            Por acaso, a unica coisa que realmente nao gostei da versao do Norton foi essa “homenagem” a serie de TV.
            Realmente, o “salto de fe” que o bruce da do aviao, que sempre me pareceu um pouco gratuito, fica com muito mais sentido sabendo dessa informacao… bacana.

            A relacao do bruce com o pai no filme do Lee e forcada e estereotipada. Na tentativa de dar motivacao mais profunda as acoes do bruce, a equipe criou uma situacao artificial e que nao cria nenhum vinculo com o espectador.

          2. JJota

            Eu curti, porque, até nas HQs, acho que as melhores histórias são justamente o Bruce fugindo das autoridades enquanto tenta buscar uma forma de se livrar do Hulk.

            Este, pra mim, é outro dos pontos falhos de Vingadores: esqueceram disso.

  3. ideva

    O problema desse filme não é só a falta de ação, mas tb o fato da criança, filho do super-homem, estragar todo o resto. Quem lê os quadrinhos do super-homem sabe que a Lois Lane, sendo humana, nunca poderia ter um filho de um kriptoniano. Existe dois fatores já explorados pelos quadrinhos sobre isso:

    1º: se o super-homem engravidasse a Lois, o primeiro chute do bebê na barriga da mãe seria fatal.

    2º: outro problema para a criança meio kriptoniana é que geneticamente a gravidez não seria possivel. isso é definido pela propria DC para o Cânone do super-heroi.

    1. JJota

      Em Cavaleiro das Trevas 2, o Superman faz referência a impossibilidade de haver sexo entre seres humanos e kryptonianos: “Nunca com humanos! Eles são frágeis!”

      1. Alex

        “Querendo ser ousado, diria que Superman Returns, na verdade é Superman III(ignorando as versões de 1983 e 1987).”

        Considerando este filme o Superman 3 (ignorando os outros), faz sentido sim, já que no Superman 2, Clark se torna humano e transa com a Lois (ele usa um cristal em uma câmara na torre da solidão).

        1. JJota

          Este argumento foi usado na época, mas o problema é que, se ele era humano quando da concepção, por que o menino terminou desenvolvendo poderes?

          Jesus, lembrei do clichê da asma…. Pqp… Pqp…

  4. JJota

    O verdadeiro legado do Singer para o Super terminou sendo o documentário Look, Up in the Sky! – The Amazing Story of Superman.

  5. Verssago DeLarge

    Primeiro gostaria de dizer que achei Man of Steel um belo pedaço de merda. O filme é uma colagem de videoclipes na primeira 1:30 e depois descamba para uma cena de ação de quase 1 hora.

    Sobre Returns, como o JJota falou, também acho que o problema é mais do que falta de ação. O roteiro é terrível, especialmente o plano do Luthor que é de uma estupidez inacreditável. O romance entre Lois e Super é frio e o casal não tem um pingo de química. O filho não serve para nada durante toda a trama, ele fica de lá para cá como se fosse um chaveiro. Só lembram dele na cena do piano.

    O único ator que se salva é Kevin Space, e mesmo assim as falas dele são completamente imbecis. A estética retrô do filme deu um ar tão frio aos cidadãos de Metrópolis que eles parecem figurantes da Matrix. Para piorar, o filme não tem tensão. Alguém aqui acreditou que o Super ia morrer? Ou que o avião do Ciclope/Corno ia cair? Porra, o filme é mais previsível que luta-livre!

    Pra mim, esse filme foi um erro inacreditável. Não tenho nada contra um bom drama, mas quando eu pago para ver um filme do SUPERMAN, eu espero que a história me lembre o que eu li nos quadrinhos. De “drama adulto” esse filme não tem nada, o que ele tem é um roteiro ruim e cenas muito bonitas, mas completamente vazias.

    Acelere essas cenas 8x e adicione cenas de ação, e você tem Man of Steel.

  6. Só uma coisa a mais: o filme pode ter o mais bem feito drama do universo, mas filme de super-herói tem que ter super-vilão. Quem é o super-vilão do super-homem???? UMA MONTANHA!!! Ahhh, vatifudê.

    1. JJota

      Nunca vou perdoar o desperdício que foi fazerem o Kevin Spacey interpretar um patético Luthor… Quando o nome dele foi anunciado, fiquei esperançoso de que, finalmente, veríamos um Luthor convincente na tela…

  7. EspetacularNik

    Aiiiiiiiiiiiiii, que comunistinha de faculdade. O Superman mostrado em Returns não funciona mais, o Luthor do Spacey foi péssimo, a saturação do personagem Lex Luthor na franquia Reeve/ Routh incomoda muito. Além disso, o filho do Superman foi um tiro no pé.

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