Iluminamos: Resident Evil 6

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RE01Olá, Nerds e Nerdas, aproveitando a semana de Halloween na Steam, torrei meu dinheiro comprando jogos da série Resident Evil. Logo de cara, comecei a jogar o mais novo título da série: Resident Evil 6 e vou ser sincero com vocês: Que decepção!!! De Resident Evil mesmo só o título e os personagens porque em nada o jogo tem a ver com a série que o marcou como um jogo de Survival Horror.

Aproveito para lembrar que o nosso querido Audi chegou a fazer um post sobre o jogo (AQUI), mais precisamente sobre a narrativa que o jogo oferecia.

Pois bem … Quando o jogo saiu, em 2012, li muitas críticas, em sua maioria, falando mal do jogo. Com base nelas, criei um pré-conceito de que Resident Evil perdeu a sua identidade. Porém, eu não poderia ter certeza até jogar e, então, criar uma opinião original sobre a experiência.

Eu não estava errado inicialmente, ou seja, tentando claramente atingir todos os tipos de jogadores da série, Resident Evil nos oferece três ritmos de jogo, perdendo o foco e tornando-se uma colcha de retalhos da série (1- Terror de sobrevivência, como no início da série; 2- Correria da fase Nemesis e 3 – Ação e explosões como em RE4 e RE5). Como disse, uma clara falta de identidade.

É claro que, conforme as tecnologias vão se aperfeiçoando e os consoles das novas gerações surgindo, as franquias precisam se adaptar aos novos estilos, mecânicas, narrativas etc. Por mais que eu reclame do atual RE e diga que o melhor da série seja o RE2, eu sei que esse estilo de jogo não funcionaria nos dias de hoje. Mas, o que antes ficou conhecido como um jogo de sobrevivência, hoje é apenas mais um jogo de ação como tantos outros. Para mim, a Capcom deveria deixar a franquia Resident Evil para tramas paralelas como RE: Revelation e RE: Operation Raccon City e criar uma nova série, pois dizer que esse novo jogo é um RE, desculpe, mas não é.

RE02

Quanto à narrativa, dividia em 4 histórias independentes, porém complementares, é o grande destaque do jogo, pois, para entender toda a trama, é necessário jogar com cada um dos personagens (Leon, Chris, Jake e Ada). Em todas as histórias há o personagem principal e um companheiro, fortalecendo assim, o esquema de cooperação adicionado em RE5. A história da Ada só fica liberada depois de terminar as 3 primeiras.

Na história de Leon e Helena, o foco é descobrir quem está por trás da infecção do presidente dos EUA. Temos, após, a história de  Chris e Piers, membros do BSAA, que lutam contra o bio-terrorismo. A história de Jake e Sherry, cujo foco central é a integridade física de Jake, narra a sobrevivência daquele que possui anti-corpos do C-Virus. Por último, temos Ada que não deixa de ser uma mercenária e descobre que foi traída.

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Em termos de mecânica, RE6 nos apresenta muito cenas de QTE (Quick Time Events, ou eventos rápidos, ou seja, apertar o botão na hora certa), isso não é uma coisa que me incomoda tanto. Outra novidade ficou por conta do sistema de “Pontos de Habilidades”. Cada categoria é dividida em 3 Pontos de Habilidades. Para liberar alguma habilidade especial (como acerto crítico, recuperação rápida etc.) é necessário gastar o número correspondente da habilidade.

O que me irritou mesmo foi a transformação da série que antes focava apenas em uma infestação local (Raccon City) e se transformou em um bio-terrorismo no qual todos são zumbis, humanos com poderes, monstros de todos os tipos, enfim, uma completa salada, causada por um novo tipo de vírus desenvolvido pela Nova-Umbrella. Criatividade 10 … só que não, porra!!!

A Capcom tentou agradar gregos e troianos, como disse antes. O resultado dessa tentativa de fazer um jogo ao mesmo tempo para a massa e para um nicho é a criação de algo sem identidade, levando tão somente o nome da franquia.

Eu sei que Resident Evil 7 já está em produção, mas sinceramente? Já deu, Capcom!!!! Obrigado pelos excelentes jogos anteriormente apresentados e, por favor, não estrague mais a franquia a ponto de Resident Evil passe a ser conhecido como jogos de ação com histórias fracas e sem identidade ao invés de uma franquia que revolucionou o jogo no estilo sobrevivência.

Espero que realmente termine!!
Espero que realmente termine!!

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 7 comentários

  1. Gustavo Audi

    O problema é que, mesmo com todas as críticas, com certeza vou comprar o RE7.
    Podem me chamar de putinha…

  2. Felipe P. Silveira

    Cara, eu nunca gostei de RE, fui gostar só no 4, ai voltei para saber mais sobre a historia. O 5 é muito ruim, mesmo se for analisado como jogo de ação, esse 6 eu ainda não joguei. Quanto ao fim da franquia: Deixe de acompanhar, a Capcom não vai e nem pode deixar ela de lado, ou volta-la para um nicho, seria suicídio econômico! Faça como eu nas HQs do Aranha, use um filtro. Por exemplo: Saga do Clone não existe na minha cronologia, tudo que vem depois da fase do Millar, e da identidade revelada, também não!

  3. Só joguei até o 4 (contando os spinoffs), e vi o 5 sendo jogado (pretendo jogá-lo em breve) mas, sendo um fidaputa preconceituoso e escroto, já vou logo dizendo: Resident Evil acabou no 3. Ponto final.

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