Iluminamos: Truque de Mestre – Os Ilusionistas

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A sala escura não são as ruas recém retomadas pelo povo, mas é espaço igualmente democrático. Tem lugar pros baldes de pipoca, pros dedos em frenesi atualizando status no feicebuque, pros óculos 3D, pra concentração de alguns poucos. E cada vez tem mais espaço para filmes que são muitos em pouco mais de duas horas de duração.

Truque de Mestre é a A Rede Social, com seus diálogos ágeis, sua esperteza vomitada em cima dos tipos aparentemente comuns e conformados, que fazem contraponto aos anti-heróis descolados, totalmente cool em sua atitude e empáfia, associando à atual geração uma alegoria multifacetada. Truque de Mestre é O Plano Perfeito, no que um filme de assalto tem de reflexivo e beleza plástica; é Onze Homens e Um Segredo no que um filme de assalto tem de mirabolante e surpreendente; e é Caçadores de Emoção, no que um filme de assalto tem de adrenalina e cumplicidade.

Com o subtítulo Os Ilusionistas, é essencialmente um filme de catarse, que combina os diálogos, a ação e os efeitos especiais num espetáculo audiovisual que cria climas e clímax de forma ininterrupta até o fim, como num elaborado show de ilusionismo.

O responsável pela bagaça.
O responsável pela bagaça.

Você diria que é ainda um filme de M. Night Shyamalan, por esconder uma surpresa no fim. Isso também, e, se um mistério é revelado, os segredos que o guarneceram ao longo do filme nem sempre o são. Em sintonia com o ‘lado’ ao qual se alia a produção: o lado dos mágicos, do velho ofício sempre ameaçado por figuras canhestras que fazem da revelação dos truques dos ilusionistas um mercado, como o personagem do pai do Samuel L. Jackson, Morgan Freeman, uma espécie de Mister M.

"E é assim que acendemos o fogo, meninas!"
“E é assim que acendemos o fogo, meninas!”

Não é mais que chover no molhado dizer que Truque de Mestre cativou a audiência. Creio que isso muito se deve ao carisma de uma trinca de astros: Jesse Eisenberg, cuja arrogância e soberba é quase carinhosa e condescendente. Woody Harrelson, que encarna um experimentado talento que não consegue ocultar o fato de ser um loser extremamente carente. E Mark Ruffalo, o cara que reinventou a dicotomia Hulk / Bruce Banner para toda uma geração em Os Vingadores, tentando novamente conter sua ira frente a um monstro que não pode controlar.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

Este post tem 2 comentários

  1. Marcio Roberto

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