Literatos: B., de Ricardo Labuto Gondim

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O livro tem seu início na Romênia e se desenvolve no Brasil, mais precisamente na década de 50, sob o governo Dutra, no então Distrito Federal, a atual cidade do Rio de Janeiro,

O herói, Pedro Pinto, é um detetive particular, e ex-capitão da FEB (Força expedicionária Brasileira) que lutou na Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Um fato interessante, e que pode até ser motivo de chacota entre os leitores, é o sobrenome detestável  do personagem – por sinal, idêntico ao meu -, que, numa ótima sacada, adota a alcunha irônica de Dick. Bonito, sedutor e de humor ácido, rola… quer dizer, Dick, é o clássico queridinho das mulheres. Ele apanha muito, sofre atentados, e até chega a ser enterrado vivo, porém, como todo bom filme B, acaba encontrando um jeito de escapar.

O detetive precisa localizar Blasko, um cientista especializado na manipulação de DNA que se revela um monstro dotado de parca humanidade – inclusive sendo descrito como um dos seres humanos mais desprezíveis da história, sendo pior até que o próprio Mengele. Dick recebe uma informação dizendo que o mesmo fugira da Romênia e, agora, se escondera no Brasil com a ajuda de governantes brasileiros, assim como da Odessa (Grupo Nazista). A partir desta premissa, o enredo se desenvolve rapidamente, tendo a todo momento algo de grande relevância em destaque, o que, a meu ver, é ótimo para prender o leitor.

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É um livro leve, de leitura rápida, às vezes se faz necessário parar a fim de que possamos compreender o significado de algumas a palavras , um ponto negativo, afinal, sou formada em letras, além, é claro, de ser uma ávida leitora. Um leitor que não esteja familiarizado com a linguagem mais rebuscada precisará de um dicionário, pois existem vocábulos pouco utilizados em nosso cotidiano.

Repleto de detalhes, principalmente na descrição de pessoas, objetos e lugares, a obra nos faz passear pelo Rio antigo, trazendo de volta, inclusive, o hábito do cachimbo. Lembrou-me, em seu começo, um livro de José de Alencar descrevendo, por exemplo, a casa de Aurélia engenhosa. No entanto, ultrapassando as fronteiras nacionais, temos de Dick Tracy à filmes Noir.

Um livro sem cor alguma, porém, repleto de vida e originalidade. Praticamente parafraseando Guilherme de Almeida Prado, posso afirmar que  são tantas as palavras e detalhes que, literalmente, podemos criar “as cenas” em nossa imaginação, o que certamente acarretará numa mudança significativa na interpretação do livro para cada leitor. Um belo ponto positivo.

Também lhe darei uma nota 8,0, mesmo sendo contrária a esta determinação de classificar obras de arte.

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

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