Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Aproveitando o momento para dar uma limpada na minha biblioteca, me deparo com um livro muito interessante, Prince of Thorns. Já o tinha lido em 2013 e, como tenho feito com alguns livros, resolvi reler.
A primeira vez que fiquei sabendo de Prince of Thorns foi por meio do MRG (Matando Robôs Gigantes). Lembro que pedi a Srª Delarue para me dar de presente e, quando recebi, comecei a ler – tudo culpa daqueles três rapazes que agora estão trabalhando para a concorrência.
Algo que chamou muito a minha atenção foi a fluidez da leitura. Realmente, a obra de Lawrence é rápida, com temática violenta, gerando ótimos momentos de uma leitura agradável para quem gosta de narrativas de aventura. Para vocês ficarem um pouco cientes a história do livro é a seguinte:
O Príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o assassinato da sua mãe e do seu irmão, quando criança. Por estar preso em um arbusto de roseira-brava, nada pode fazer enquanto os espinhos penetravam profundamente sua pele. Anos depois Jorg lidera uma irmandade de assassinos e sua única intenção é vencer o jogo que os espinhos lhe ensinaram.
Algo surpreendente com relação a Prince of Thorns está no fato de ser realmente fluido. A leitura das 355 páginas é tão rápida, a narrativa se apresenta tão dinâmica que o leitor provavelmente perderá o fôlego (como eu perdi) em vários momentos do livro. A cada capítulo, o leitor é meio que impulsionado para o capítulo seguinte, numa sucessão de agradáveis empurrões para a leitura.
Vale destacar que, como estava na segunda leitura, certos acontecimentos eu já sabia, mas isso não diminuiu a minha vontade de continuar lendo sem parar.
Honório Jorg Ancrath não é um herói, mas é o personagem principal do livro. Realmente, de herói Jorg não tem nada, nem um pentelho do sovaco. A vantagem do romance se centrar nessa figura é que temos acesso às suas motivações, pensamentos e atitudes – as benesses da narrativa em primeira pessoa. Algum leitor pode ficar chocado pelo fato de Ancrath possuir 13 anos de idade e, como todo adolescente sem supervisão, ser violento ao extremo. Porém, a narrativa se passa na Idade Média, uma época em que essa idade já marcava a entrada na fase adulta na vida de um homem.
Talvez, o que seja mais estranho com relação a Prince of Thorns esteja no fato de que o leitor é levado a acreditar que estamos na Europa Medieval, com suas citações a Platão como principal filósofo reaproveitado nesse período. Porém, após algumas observações, você nota que não está no passado, mas num futuro pós-apocalíptico!!!! O que aconteceu para a humanidade retroceder não é explicado, sequer é o foco do livro, mas algo aconteceu para que a humanidade abandonasse a tecnologia pós-revolução industrial.
Se bem que Einstein uma vez disse: “Não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será com pedras e paus“.
Resumindo: Prince Of Thorns nos apresenta uma leitura muito agradável com pitadas de violência. Apesar de suas ações o protagonista possui carisma, fazendo com que o leitor goste de um personagem sujo e violento.
Abraços.
