Ouvi dizer que você gosta de 20 centavos… Por Heitor Serpa – Parte I

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Trouxe meus 20 centavos sobre os 20 centavos de quem está discutindo e lutando pela questão dos 20 centavos.

Falando sério, seria impossível para este que vos escreve não produzir opiniões a respeito do que está tomando nosso país. Foi tão repentino, tão explosivo, que muitos ainda não creem no despertar de um povo cansado da corrupção. Eu mesmo tive minhas dúvidas de início, e confesso que estou procurando meu queixo até hoje (se alguém achar me avise).

a20 centavos

Para se ter uma idéia, basta descer um pouquinho e ver o meu último conto, “Era dos Massacres” – tracei o conceito de mundo desta ficção muito, mas MUITO antes dos fatídicos 20 centavos, levando em conta o avanço progressivo de uma cultura baseada no ódio e na violência paralelo aos avanços científicos, até o ponto em que a humanidade de fato se dividiria em raças totalmente distintas e acabaria por destruir a si mesma dentro da redoma de uma “Terra Sustentável” . O Brasil, sendo destaque na questão dos biocombustíveis e investindo no reflorestamento, seria o maior dos exemplos desta Era, tanto como potência quanto palco dos piores conflitos.

E não é que isso tudo bate certinho com o que está acontecendo? Será que historiadores tem a Visão Além do Alcance antes mesmo de se formarem? Constatando isso, concluí que tenho SIM o respaldo para dissertar a respeito dos protestos. Posso falar merdas cabulosas aqui, do tipo que fariam os teóricos se revirar nas próprias barbas… Mas, desculpe a arrogância, quanta gente que não tem porra de referencial algum fica posando de intelectual? Se esses abissais podem, eu também posso. Agora chega de me estender em frivolidades.

sandy intelec

A cada geração de novelas televisivas, pelo menos uma aborda o contexto de algum levante popular no Brasil. Não é de hoje que as elites se alvoroçam diante das consequências de seu próprio descaso e, numa tentativa de se agarrarem a uma fatia do poder, criam revoluções dentro da revolução, buscando uma suposta ordem através da desordem ou, como diria o Prof. Ilmar de Mattos, buscando afastar a desordem das ruas mantendo a ordem na casa. Enquanto vemos bandeiras partidárias de diversas orientações – umas culpando as outras, como de costume -, acompanha-se em paralelo o que acredito ser uma nova forma de se fazer política, baseada nas mudanças a longo prazo das gerações pós-ditadura. Que tal voltarmos ao contexto de 1964? É o assunto preferido do Ensino Médio, rende ótimas bilheterias (Zuzu Angel), se renova na pauta dos jornais (Comissão da Verdade) e, principalmente, foi utilizada como plataforma eleitoral da atual presidência.

A historiografia considera obsoleta a visão de uma tomada de poder orquestrada somente por militares. O apoio popular consistiu num alicerce fundamental para o sucesso do golpe, justificado pelas feridas recém-abertas no mundo. O livro História dos Estados Unidos, de Leandro Karnal, proporciona uma leitura simples e abrangente a respeito da Crise de 1929. Mas o que caralhos a queda da bolsa tem com a ditadura? TUTÔ, eu disse TU-TÔ!! A Grande Depressão marcou a falha do capitalismo, a desilusão com relação a um modo de vida enraizado por pais e avós. A “roda da economia” não resolveria as taxas de desemprego, fome e violência, muito pelo contrário. Preconceitos que já eram acirrados se tornaram justificativas para extermínios em massa, das quais a KKKlan constitui o exemplo mais leve. Além disso, o berço da civilização, o centro do mundo, não dava o melhor dos exemplos ao se destruir em duas Grandes Guerras… Precisava-se de uma alternativa, e foi aí que as ideologias de esquerda ganharam força.

Ou melhor, foi aí que os líderes da esquerda conquistaram sua fatia.

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

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