(Iluminerds) Gunther, poderia nos dizer o que o levou a ser escritor?
(Iluminerds) Mudando um pouco de assunto, o que você acha do mercado editorial brasileiro na atualidade?
*Muito promissor, mas ao mesmo tempo fechado. Por um lado, há o incentivo a novos autores através de concursos, antologias e leis em vigor. Por outro, a possibilidade de um estranho se tornar uma estrela ainda é muito pequena.
(Iluminerds) E, retomando a questão dos demais autores, será que existe toda essa boa vontade em incentivar a literatura nacional ou é cada um por si?
*Não sei se foi sorte ou falta de azar (kkk…), mas tive muita ajuda de Ricardo Labuto (“B”) e Rosana Freitas (“Crônicas do Absurdo”). Constantemente troco idéias com outros autores e um dos que está me impressionando é o baiano Fábio Shiva (“Sincronicídio”). Confesso que, pela minha formação militar (Armas e Munições), além da atividade policial, tento sempre ajudar. Confesso que busquei ajuda de um outro escritor, porém ele já não foi muito receptivo. Há um ditado que gosto muito, “Se não pode falar bem de alguém, fique quieto”; sendo assim, não gostaria de falar mais sobre esse colega que deixou a fama subir à cabeça.
(Iluminerds) Ao ler O Caso Helena, percebe-se um grande entusiasmo nas descrições técnicas do livro, em especial, ao falar dos armamentos. Você se considera um especialista? Qual sua arma favorita?
*Claro que sou um Especialista! Afinal, fui formado pela Escola de Especialistas da Aeronáutica, na (saudosa) especialidade de Armas e Munições. Minha arma favorita? São muitas… De porte, a nacional (fabricada pela IMBEL), em calibre .40″, MD2; fuzil, apesar de grande, o FAL (também IMBEL), M964. Vou contar um segredo: sou brasileiro e gosto das armas nacionais.
(Iluminerds) Aproveitando o gancho, uma vez que sabemos a origem de sua expertise, apesar de ser uma ficção, o que pode ser levado como realidade?
*Os quartéis ainda são emblemas de masculinidade e virilidade onde o homossexualismo e o profissionalismo feminino são vítimas; a interferência política nas promoções militares, principlamente no generalato; a falta de um sentimento de patriotismo generalizado susbtituído por capitalismo selvagem; tudo isso é abordado no livro.
(Iluminerds) Quanto à precarização das forças armadas, outra marca de seu livro, o que você sugestionaria para contorná-la?
*Modernização dos regulamentos e normas militares que ainda remontam o pós 2ª GM; uma nova conscientização social da importância militar em território nacional; valorização do quadro pessoal através de facilidades de ascenção interna e salarial são algumas sugestões.
(Iluminerds) Teremos continuações com o Inspetor Marlos Wagner?
*Claro! E, vou contar outro segredo: “Helena” já tem filho.
(Iluminerds) E, afinal, Hamza Ahmad? Qual a origem deste heterônimo?
*Sou convertido ao Islã há mais de quatro anos e esse é meu nome árabe.
(Iluminerds) Gunther, é sempre um prazer estar em contato contigo, mas, chegamos ao final de nossa entrevista. Teria alguma consideração final?
Sim. Comprem o livro e desvendem quem matou Helena, antes que Marlos tenha outro caso! (que já está em andamento).
Adorei a coluna!
Achei super legal o livro, acabei de ver o post da resenha, e realmente nunca li nenhum livro de romance policial nacional!
Fiquei até curiosa, pois esse tipo de livro é o meu favorito =)
http://www.leituravipblog.com
Muito obrigado, Aline. Seu site também é muito legal.