Ola minha garotada do meu Brasil baronil!Estou aqui para fazer a resenha de mais um filme nerd: X-men – Dias de um Futuro Esquecido.

Para quem não sabe, o filme se “baseia” e utiliza o título de uma HQ famosa dos nossos amigos mutantes que foi publicada nos Estates em 1981 (tinha 1 aninho), escrita pelo mestre Chris Claremont e desenhada pelo “o cara” John Byrne. No Brasil tivemos inúmeras republicações (tenho a minha no encadernado Marvel 40 anos, quer dizer, acho que ainda tenho esse encadernado, a patroa fez uma revolução no meu poleiro).

Na HQ original, em um pretenso futuro alternativo os mutantes não são apenas perseguidos, mas também mantidos em campos de concentração e muito deles eliminados. Um desses mutantes, a adorável Kitty Pryde (mutante que torna seu corpo insubstanciável) tem sua consciência enviada para corpo de sua versão no passado, onde ela precisa convencer os X-men do passado (ou seria do presente? Ou seria do passado novamente, pois o quadrinho é da década de 80?), a ajudá-la a mudar o futuro, detendo o suposto evento que desencadeou o presente apocalíptico em que ela vive.

Em síntese essa é a resenha das HQs. Mas Harvey, você não ia falar do filme? Sim, meu pequeno padawn, mas achei que faria mais sentido falar do filme, sabendo que pelo menos quem for ler esse texto sabe da referência dos quadrinhos.

A HQ é boa diga-se de nota. Não é uma daquelas sagas gigantescas (cof cof Era Do Apocalispe, cof cof), mas é uma história bacana de viagens no tempo (eu adoro histórias de viagens no tempo, e sim, eu tenho o suplemento antigo de RPG chamado Gurps – Viagens no Tempo).

Reza a lenda que a HQ foi uma das inspirações  de James “Camarão” para o filme Exterminador do Futuro (aliás, falavam que ele inspirou o filme num episódio do Além da Imaginação também).

Mas voltamos a falar do filme (e se meu labrador parar com sua crise de carência me deixar terminar de digitar o texto).

A ideia do filme permanece a mesma, ou seja, ocorre uma viagem no tempo (Wolverine ao invés da nossa querida Ninfa, a Kitty Pryde) para alterar um evento no passado que ocorre/ocorrerá na década de setenta, quase dez anos depois do filme X-Men – Primeira Classe, que vai ser conseqüência do inferno que os nossos queridos mutantes estão vivendo, mas só a ideia do filme foi mantida. O safado (no bom sentido, é claro) do diretor Bryan Singer, depois da sua recaída para o lado negro da força (dirigindo o filme do Superman, que não foi muito bem visto pela critica), volta com tudo para tentar por ordem na casa dos mutantes da Marvel (onde quem tem os direitos é a Fox).

Particularmente gostei muito do filme. Ele consertou muito dos furos da cronologia dos mutantes no cinema, mas manteve outros e criou alguns novos. Aliás, acho engraçado pensar que se os mutantes têm uma cronologia “zuada” nos quadrinhos, no cinema não seria diferente.

Os furos são mais relacionados as idades de alguns personagens, a fases da vida de outros, as mudanças de alguns atores propriamente ditos entre outros detalhes.

Acho que poderiam ter usado a viagem do tempo como causadora de vários bugs na história dos mutantes, para que os furos da saga dos mutantes do cinema pudessem ser aceitos e apagados definitivamente, BUT, Brian Singer não veio me procurar para fazer consultoria, então fazer o que…?

Os atores estão muito bem a vontade com seus personagens. Wolverine como sempre roubando a cena;  os dois Xavier e os dois Magnetos (passado e futuro) também. Aliás, muito embora o professor Xavier, feito pelo eterno capitão Jean Luc Picard de Jornada nas Estrelas (Patrick Stewart), fizesse um ótimo trabalho, percebe-se, tanto no “X-Men- Primeira Classe” quanto em “Dia de um Futuro Esquecido”, que o nosso querido professor na versão mais jovem, feito pelo James MacAvoy, está ganhando mais destaque que os demais mutantes e se tornando cada vez menos coadjuvante de luxo na franquia, como foi nos filmes anteriores a “X-Men – Primeira Classe”.

A cocóta da Ellen Page (que também faz papel de uma Robin no filme bacanudo chamado Super e que vale a pena assistir) embora apareça pouco, seu papel no filme é fundamental.

Outra tetéia fenomenal é a Jennifer Lawrence. Na minha opinião, consertaram a maquiagem de Mística dela nesse filme. No X-Men- Primeira Classe, ela tinha uma testa estranha e bizarra, já nesse filme, tornaram ela mais sexy e “interessante”. A atriz dispensa comentários. É a nova menininha querida de “Hollywood”, então não me estranha que muitos pôsteres do filme, seja o Wolverine e ela como principais (tudo bem que a personagem dela no filme é a pedra fundamental de vários problemas).

Halle Berry com sua Tempestade entrou praticamente muda e saiu calada no filme.

O Magneto (para mim, o melhor vilão dos quadrinhos já feito) tanto na versão do sir. Ian Mckellen, quanto do Michael Fassbender também está muito bom, tirando é claro, algumas besteiras que o Magneto de Fassbender faz no filme, MAS, “não quiseram fazer consultoria nerd comigo para o filme…”

O personagem Fera, quando se torna o Fera, parece um lobisomen brasileiro. Ahahahahahaha, mas ignorando um detalhe aqui, outro ali, o filme não é de jogar fora e vale muito a pena de ver.

Achei que o personagem Bolívar Trarsk, vivido pelo fodão Peter Dinklage, o anão de Game of Thrones, seria quem iria roubar a cena, mas fez apenas mais um papel importante para o roteiro, porém nada de destaque na interpretação, diferente de seu personagem Tyrion Lannister no seriado acima referido.

Por fim, não menos importante, um personagem que surpreendeu muitos e inclusive YO, foi o Mercúrio. O personagem nos quadrinhos é filho do Magneto e que, no filme, acabam dando umas indiretas que só com o DNA do Ratinho para confirmar também essa paternidade. Conversando com o Delarue, concordamos que a cena “massa véio” do Mercúrio no filme tem a mesma dinâmica que a do Noturno em X-Men 2, também dirigido por Bryn Singer. Mas independente disso, a cena ficou muito legal e divertida, deixando claro que personagens velocistas são um ótimo potencial para histórias no cinema. Espero que o novo seriado do Flash faça seu papel.

Por incrível que pareça, o filme não ignora as pérolas indigestas do X-Men Origens – Wolverine. Bom, pelo menos foi isso que achei. Tanto que utilizaram algumas cenas do filme (gerando até paradoxos com os atores que aparecem nela e no filme em si). Parece estranho, mas é o que achei. Também acredito que o final do filme foi uma resposta ao diretor do X-men: O confronto Final (terceira parte da primeira trilogia dos mutantes do cinema), Brett Ratner. Uma resposta do tipo: “não mexa com meus mutantes!”. Quem assistiu o polêmico X-men de Brett Ratner e viu até o final do X-men: Dia de um Futuro Esquecido, talvez entenda o que eu quis dizer.

E como de praxe, Brian Singer repete o que eu considero um erro nas franquias mutantes dele: muito personagem mutante e só dois ou três que se desenvolvem e tem seu papel na trama. Mas Pássaro, estamos falando de um filme de duas horas de duração e uma penca de mutantes! Não seria algo quase impossível querer respeitar e dar a importância a todos os personagens? Bem, meu quaro estagiário do quarto ano de direito… um cara chamado Joss Whedon fez isso com quase DEZ personagens no filme dos Vingadores e todos tiveram suas participações garantidas, muito bem dirigidas e com uma função lógica na trama, enquanto que nos X-men mais parece algo como “pronto, sua vez de fazer a ponta do filme, faça isso que já está bom”.

Não podemos negar que Joss Whedon é especialista em dinâmicas em grupo. Seu currículo tem séries como Buffy, Angel (sim, era para ser um seriado solo, que acabou tendo uma equipe ao lado do vampirão Angel) e o clássico FireFly, logo, o cara entende em dirigir histórias com muitos personagens, mas Brian Singer deveria ter tomado mais cuidado com isso.

E por fim, o fim…hehe Fiquem até o final da sessão. A Fox aprendendo a ser safada que nem a Marvel colocou um final extra que dá gancho para o próximo filme dos mutantes. Sou suspeito em dizer, mesmo porque sou marvete, mas confesso que gostei do que vi.

Vida longa e próspera, que a força esteja com todos e um feliz dia do orgulho nerd atrasado! Não só para você geração nova que é chamado de nerd como elogio, mas sim, nós  nerds da geração antiga. Uma geração sofrida, que ser chamado de nerd era uma ofensa. Acho que vou viajar no tempo para alterar isso.

E não esqueçam da nossa promocha! Nossa querida Gaby Molko filou dois pôsteres para sortear entre vocês, queridos leitores, diplomatas, bacharéis e similares.

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