Seria o Google um universo?

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Trago uma questão neste post que, talvez, vossas modestas mentes humanas não consigam compreender. O Google pode ser considerado um universo? A ciência ainda não consegue justificar com clareza o que houve antes do Big Bang, mas sabemos exatamente o que era a internet antes do Google.

Segundo o modelo científico do Big Bang, o Universo surgiu de um único local ou particularidade, onde toda a matéria e energia existente estava junta numa fase densa e extremamente quente chamada ”Era Planck”, o mais antigo período de tempo na história do universo. Mas qual seria a relação da vida espacial com o sistema de pesquisas na internet?

O Google indexa trilhões de páginas da internet, desta forma, os usuários podem pesquisar as informações que quiserem, usando o sistema de palavras-chave e operadores. A dimensão das informações armazenadas nele é incrível.

O serviço do Gmail, por exemplo, foi atualizado a partir da versão beta em 7 de julho de 2009, quando tinha 146 milhões de usuários mensais. O serviço seria o primeiro online de e-mail feito com um gigabyte de armazenamento. O serviço oferece atualmente mais de 7400 MB de armazenamento gratuito com pacotes adicionais, alternando de 20 GB para 16 TB disponível nos Estados Unidos por US$ 0,25 por cada 1 GB por ano.

A partir da Era Planck, o Universo vem se expandindo até sua forma atual, possivelmente com curtos períodos (algo menor que 10−32 segundos) de inflação cósmica. Esta expansão tem-se acelerado graças à energia escura, uma força oposta à gravidade que está agindo mais rapidamente devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o bastante para dissipar a força gravitacional. Mas, devido ao pouco conhecimento que se tem sobre a energia escura, o entendimento do fenômeno e sua influência no destino do Universo é vagamente conhecido.

Em comparação, os servidores do Google processam cerca de 24 petabytes por dia. Petabyte é a unidade de medida de informação que atende pelo símbolo “PB”. 1 PB, por exemplo, equivale 1.000.000.000.000.000 bytes, e a medida real de 1 PB é de 1. 125. 899. 906. 842. 624 bytes.

Um fato curioso é que o nome ”Google” foi escolhido por causa da expressão googol, que representa o número 1 seguido de 100 zeros, para  exibir a grandeza da internet. Um número elevado à centésima potência do número 10, um número muito grande, mas não infinito, assim como a própria internet.

Podemos navegar de infinitos modos na internet, através de seus hiperlinks. Mas isso não significa que ela seja infinita. O número de domínios registrados atualmente é próximo a 215 milhões. Cada domínio pode abrigar milhares de páginas, com milhares de hiperlinks, o que torna a navegação praticamente infinita. Porém, mesmo assim, sabendo que a internet cresce a cada segundo, o número, em si, é crescente, porém finito. Assim como o Google, que abrange centenas de milhares de links e páginas na rede, mas não possui um valor infinito de dados.

Mas mesmo não sendo infinita, a internet está mudando e evoluindo de forma rápida. Com diversos modelos de dispositivos de ligação, podemos ficar sem números para atribuir a todos estes aparelhos habilitados a rede. Sem falar da internet da qual poucas pessoas conhecem – a Deep Web. A Deep Web é como um vasto terreno de uma grande cidade, sendo a internet uma grande cidade, só que este terreno seria de uma extensão bem maior que a própria cidade.

A quantidade de informação que podemos conseguir na internet é imensa. Os sistemas de busca, como o Google, auxiliam os punheteiros usuários a encontrar de forma fácil e rápida o que procuram. Já na Deep Web, não existem buscadores comuns, e por isso diz-se que ela é invisível. Qualquer site que não aparece no Google e demais sistemas de busca são considerados ”invisíveis”. Sendo assim, estes sites estão na Deep Web.

O mito feito em cima da Deep Web é idiota, e prova que existe muita desinformação e sensacionalismo concebido pelos que não a acessam. Claro que existem verdades sobre ela, sim. Nela existem hackers, pedófilos, terroristas e praticantes de rituais satânicos, mas você só encontrará coisas abomináveis e horripilantes se tiver interesse em procurá-las. Obviamente, lá todo este conteúdo é de fácil acesso, então é sempre aconselhável que você mantenha a sua curiosidade, ou ela pode lhe custar lembranças desagradáveis e/ou perturbadoras.

Enfim, o que diabos a internet tem a ver com o Universo? A Deep Web pode nos dar essa visão de infinidade que temos pelo cosmo, pois ela representa 90% do conteúdo existente na internet. A humanidade tenta incessantemente descobrir o que existe acima do horizonte, assim como ele explora incansavelmente a sua própria criação, a Internet. Certas coisas podemos achar na internet, mas não podemos alcançar o que há no espaço. O Universo nos lembra o que realmente somos: nada.

Certa vez, Nietzsche disse que tudo o que já foi vivenciado e ocorreu no Universo, desde o micro ao macro acontecimentos, tendem a se repetir. O retorno seria a criação do novo a partir das diferenças que vão ao limite de sua potência, a real força de metamorfose que expulsa de seu movimento toda identidade. Portanto, o Universo e todos os acontecimentos que nele contém se reprisam ou reprisarão de forma eterna. Mas quem sou eu para opinar? Só fiz este post porque meus remédios estavam em falta.

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 9 comentários

  1. Rafael Rodrigues

    Texto bem interessante. Já tinha pensado na internet em termos de comparação com a rede neural do cérebro, mas nunca pensei na comparação com o universo. Bacana.

  2. Rosinha, parabéns pelo texto. Sabe, quando tinham me avisado de que você tinha surgido nas pesquisas do Google, ainda bebê, em uma nave útero, envolto em uma capa vermelha de tecido indestrutível, eu sabia que você tinha sido enviado de algum lugar da Deep Web…

  3. Churrumino

    Esse post me deu dor de cabeça. Me fez pensar muito, diferentemente dos posts do BdE. Huhauhauuahuahuahuauaua!!!! Belíssimo texto, Rosinha.

  4. Linik

    Rosinha…arrebentou,grande texto e acho que sua metáfora foi muito boa.Realmente o Google é o universo na internet.

  5. toddy

    muito bom, o google pode ser considerado sim o universo expandido, afinal de contas quem consegue pesquisar uma coisa, e abrir todas as paginas q apareceram na pesquisa? ainda mais se vc pesquisar um termo técnico tipo ah… peitinhos, ( ah peitinhos da joyce oliveira meus amores) kra eu mesmo sou derrotad… digo satisfeito na primeira opção! valeu

  6. cgui

    excelente texto, Rosinha…
    bela metáfora…

    agora, PUTA QUE PARIU… isso aí é droga demais até pra mim…
    quer dizer, pra mim não, 😉

  7. Inacreditavel_Neo

    Traçando paralelos entre o Google e o Universo? Parece que alguém cheirou muito Vick Vaporub…

    Mas me fez pensar na finitude da internet. Também lembrei de um episódio de Futurama, quando disseram que, no futuro, a internet era exclusiva pra pornografia. Então tiveram que inventar outra coisa pra ficar no lugar.

    Estamos longe disso?

  8. Ótimo texto Rosinha.
    Mas acho que você deve ir com calma, com essas substâncias. Olha no que o Miller virou. Mesmo o Alan Moore, acabou virando um velho tarado malucão.

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