Sexo com Anões e O caso do homem que dava só um pouquinho #2

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Os eventos que serão narrados aqui são uma continuação do polêmico (e ignorado) post, Sexo com Anões. Se você quiser saber tudo sobre Sexo com Anões, e entender o que vem a seguir, precisa voltar duas casas e ler o anterior, caso você não queira, não faz a mínima diferença, os textículos são praticamente independentes.

Como bem mostra o título, trataremos da vida de um homem, pai de família, esposo amoroso e cidadão pagador de impostos (embora eu não garanta nada) que tem como profissão atuar em filmes pornôs (como quase todo mundo que vai ao SuperPop). Mas não é qualquer filme, são filmes gays! E não é qualquer papel, ele só atua como passivo (isso mesmo que você leu!). No melhor estilo, homem contra homem! (ui)

Para completar o quadro de bizarrices, a mulher dele não só sabe que o cara tem esta árdua profissão, como é uma exigência dela que ele só “atue” com homens. Segundo ela, fazendo filmes com homens ele não estaria traindo, uma vez que ele não é gay e só faz “aquilo” por dinheiro (garanto menos ainda). Sinceramente, é tanta coisa junta que nem dá para começar a analisar… É de ficar boquiaberto (isso não foi uma piada de cunho homoerótico!).

Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que esta coluna, assim como seu autor, são completamente a favor da pornografia em suas mais variadas modalidades desde o clássico “Garganta Profunda” até os mais ousados como “A maratona sexual de Monica Mattos”. E, mesmo sem consumir do exemplo supracitado em que trabalha o personagem em questão, este colunista garante que se trata de um segmento de vital relevância para o futuro do País, tanto nas questões morais quanto na economia. Mais ou menos como o Democratas, o popular Demo, ou o já deplorável PSD do Kassad. Você pode até achá-los nocivos, mas eles são o vírus que fortalece o sistema imunológico da democracia (NOOOSSA, falei bonito, hein?!).

Sem mais delongas, vamos, então, as vias de fato. Na semana anterior o Superpop havia mostrado a vida de um crossdresser – homem casado e totalmente heterossexual que tem como hobby andar por sua casa e até nas ruas vestido de mulher – assim, o competente Superpop precisava se superar. E, mais uma vez, o fez com maestria.

Tentando recuperar a antiga audiência do Programa do Ratinho do SBT, Lucy e Cia. trazem, semana a semana, casos cada vez mais bizarros, obscuros e, acima de tudo, ridículos de pessoas que de maneira nenhuma deveriam ser levadas a público. O crossdresser tudo bem, isso nem é tão chocante, é até cultural. Mas esse tiozinho do filme pornô me deixou realmente de boca aberta (ops…novamente não há nenhuma conotação a uma provável pujança dos órgãos sexuais do indivíduo supracitado).

Para quem não conhece, este quadro, em particular, do Superpop consiste numa banca de três pessoas (3,5 se contar a apresentadora) que sabatinam os convidados, ou no popular, as aberrações da vez. Os entrevistadores eram um jornalista de fofocas (gay, para não fugir do clichê), uma microcelebridade, ex ou atual modelo, e outra microcelebridade, que mais tarde descobri que já foi também uma destas pessoas arguidas no programa. Isso porque aparentemente o marido dela a largou para ficar com uma atriz pornô, embora eu mesmo nunca tenha nem ouvido falar do ocorrido. E, como não poderia faltar, há também um “especialista” na história, no caso, uma terapeuta, só para completar o circo…dos horrores, diga-se de passagem.

O mote de todo o programa era justamente essa terapeuta, contratada pelo programa – como é importante ressaltar –, que dizia que a mulher estava muito infeliz com a situação e que ela deveria tomar “providencias imediatas”. Ignorando completamente a própria mulher que, mesmo a contragosto, entendia e aceitava a profissão do marido. Detalhe, eles estão casados desde 2001. Em vão, a mulher tentava argumentar com a “doutora”, dizendo que era aquilo que garantia o leitinho dos filhos dela. Ou, mais especificamente, o leitinho do marido garantia o leitinho na boca dos filhos. Ou vice-versa.

Engraçado que qualquer pessoa com um mínimo de cérebro percebia que se formava uma espécie de complô antimarido para tentar induzir uma separação ou, no mínimo, um barraco básico. Claro que tudo muito velado, ninguém dizia que o homem estava errado ou que ela deveria pedir o divórcio. A tal da mulher tinha que perceber sozinha o quanto estava infeliz e miserável, coisa que ela não tinha feito ainda em sete anos (o programa é de 2008). Ela deveria ter uma epifania e tomar ciência da própria burrice milagrosamente só com os conselhos de Luciana Gimenez, o que dá um novo sentido para o termo ironia. E o melhor é que tudo caminhava realmente para esta direção, como era de se esperar. Mas aí algo inesperado aconteceu…

Como eu já estava meio enojado de tanta babaquice coloquei no CQC para assistir ao Top Five e assim experimentar um grau de babaquice um pouquinho menor. Só que na volta, para minha surpresa, tudo já estava bem. Aparentemente a esposa fez alguma grande declaração de amor e compreensão e os arguidores não tiveram outra escolha senão embarcar na dela. E quando digo (escrevo) embarcar, é literalmente cair de boca (sem duplos sentidos) na letra que a mulher mandou.

O que se seguiu foi uma clássica cena de “vira-casacagem” das mais cascateiras e malandras de toda a minha vida. E olha que de cascata eu sou bom! Vide meu considerável número de amigos e minha total falta de habilidades sociais ou senso de confiabilidade. No caso do Superpop era um tal de “o amor supera todas as dificuldades” (Gimenez) e “você é realmente uma mulher obstinada que sabe o que quer” (microcelebridade nº1)  que não estavam no gibi. A microcelebridade nº2 até chorou! O melhor era a atitude da terapeuta que só faltou dizer, “eu sabia o tempo todo que ia dar certo, tava só te zoando”.

Eh, não é o mundo que está perdido. É só a TV que quer tirar uma com a sua cara.

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

Este post tem 2 comentários

  1. Victor Vaughan

    É Messias, os Iluminerds devem à você o carinho – por todo o trabalho que você tem editando e ajudando nas nossas matérias –  de o quanto antes, ou no máximo até o Natal instalar uma TV a cabo (sem duplo sentido, em função do tema acima, também) em sua casa, temo pelo efeito nocivo do que você anda assistindo nas suas noites de semana. : ) 
    A Hebe foi…A Luciana Gimenez ficou… O Inferno é aqui.

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